Google: Monopólio em Buscas e Publicidade Digital
O Google enfrenta duas ações antitruste distintas nos Estados Unidos, ambas com decisões judiciais recentes que reconhecem práticas monopolistas.
1. Monopólio nas Buscas Online
Em agosto de 2024, o juiz federal Amit Mehta concluiu que o Google agiu ilegalmente para manter seu monopólio no mercado de buscas online. A empresa foi acusada de pagar bilhões de dólares a fabricantes como Apple e Samsung para ser o mecanismo de busca padrão em seus dispositivos, dificultando a concorrência e consolidando uma participação de mercado de até 94,9% em dispositivos móveis.
2. Domínio na Publicidade Digital
Em abril de 2025, a juíza Leonie Brinkema determinou que o Google monopolizou ilegalmente o mercado de tecnologia publicitária. A decisão destacou que a empresa utilizou aquisições estratégicas e integrações técnicas para controlar servidores de anúncios e trocas de publicidade, prejudicando concorrentes e clientes.
O Departamento de Justiça dos EUA propôs medidas severas, incluindo a venda do navegador Chrome e a separação do sistema operacional Android, para restaurar a concorrência no mercado.
Apple: Acusada de Manter Monopólio no Ecossistema do iPhone
Em março de 2024, o Departamento de Justiça, junto a 16 estados, processou a Apple por práticas anticompetitivas relacionadas ao iPhone. A acusação alega que a empresa utiliza seu controle sobre o ecossistema do iOS para sufocar a concorrência, dificultando a interoperabilidade com dispositivos e serviços de terceiros, como carteiras digitais e smartwatches.
A Apple nega as acusações, afirmando que o processo é "equivocado nos fatos" e que suas práticas visam garantir a segurança e a privacidade dos usuários.
Implicações e Perspectivas
Esses processos sinalizam uma mudança significativa na abordagem regulatória dos Estados Unidos em relação às grandes empresas de tecnologia. As decisões podem levar a mudanças estruturais nas operações dessas empresas, influenciando não apenas o mercado americano, mas também reguladores em outras jurisdições, como União Europeia, Canadá e Índia.
O desfecho desses casos poderá redefinir as regras de concorrência no setor tecnológico, promovendo maior abertura e inovação no mercado.